Considere uma partícula sujeita a uma força central F=−kr direcionada ao origem e proporcional à distância da origem. Assim, a energia potencial U(r) é dada por:
U(r)=21kr2=21mω2r2,ω2=mk,F=−∇U(r).
O Hamiltoniano é:
H=21mP2+21mω2R2=21(mPx2+Py2+Pz2+mω2(X2+Y2+Z2)),
o que pode ser reescrito como a soma de Hamiltonianos nas direções x, y e z:
H=Hx+Hy+Hz.
O espaço de estados E pode ser escrito como um produto tensorial de espaços, E=Ex⊗Ey⊗Ez. Sabemos que as funções próprias para cada Hi em Ei são dadas por:
Hi∣Φni⟩=(ni+21)ℏω∣Φni⟩,
onde ∣Φni⟩ forma uma base ortonormal para Ei.
A base ortonormal para o espaço total E é dada por:
∣Ψnx,ny,nz⟩=∣Φnx⟩⊗∣Φny⟩⊗∣Φnz⟩.
O Hamiltoniano total age sobre o estado ∣Ψn1,n2,n3⟩ como:
H∣Ψn1,n2,n3⟩=(nx+ny+nz+23)ℏω∣Ψnx,ny,nz⟩.
Os níveis de energia do oscilador harmônico tridimensional são:
En=(nx+ny+nz+23)ℏω,n=nx+ny+nz,
onde n é um número inteiro não negativo. Todos os níveis de energia, exceto E0, são degenerados, com E0=23ℏω não sendo degenerado.
Problema:
Para o oscilador harmônico isotrópico tridimensional, as energias próprias são dadas por E=(n+23)ℏω, com n=n1+n2+n3, onde n1, n2 e n3 são os números quânticos associados às oscilações ao longo dos eixos cartesianos. Derive uma fórmula para a degenerescência do estado quântico n para partículas sem spin confinadas nesse potencial.
Solução:
Temos n=n1+n2+n3, com ni=0,1,2,…. Para um dado n, escolhemos um valor específico para n1. Então, n2+n3=n−n1. Existem n−n1+1 pares possíveis n2,n3. O valor de n2 pode variar de 0 até n−1, e para cada n2, o valor de n3 é fixo.
A degenerescência do estado é então dada por:
gn=n1=0∑n(n−n1+1)=n1=0∑n(n+1)−n1=0∑nn1=(n+1)(n+1)−21n(n+1)=21n(n+1)(n+2).